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O suplício eterno de ser cliente Banco do Brasil agosto 7, 2009

Posted by Hanna Roberts in Financeiro, Produtos, Serviços, Telemarketing.
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Pagar uma conta via internet ou telefone.  Fácil. Rápido. Simples. Seguro.

Não se você for um infeliz, um sorteado nos dados do azar como eu, que tem a alegria de ter uma conta no BB.
Depois de diversas tentativas frustradas de pagar o aluguel via internet banking, fui para o famigerado telemarketing. No número 4004-0001 (que é tributável, já que misteriosamente os 0800 desapareceram), tentei efetuar a operação diversas vezes, sem sucesso: uma mensagem avisava: por problemas técnicos não conseguimos efetuar sua transação.

Bom, vamos apelar para a opção 9, fale com um de nossos atendentes, que é definitivamente a opção dos desesperados.
(Mandamento número 1: Se o menu eletrônico não resolve seu problema, falar “com um de nossos atentendes” é só fonte de desgosto e humilhação, ou de “passar nervoso” como disse a secretária da produtora. Dificilmente o ser humano do outro lado da linha foi orientado a ter qualquer informação diferente da máquina.) Na opção 9 fui informada que o valor do aluguel tinha ultrapassado meu limite de pagamentos do dia. Expliquei que já tinha efetuado pagamentos naquele valor via internet, mas subitamente essa opção não existia mais. A atendente explicou que era para a minha própria segurança, afinal, é mesmo um perigo pagar aluguel nos dias de hoje. Repliquei que depois de ter digitado a senha do caixa automático, a minha senha do internet banking, o número da minha conta, o número da minha agência, e ter informado verbalmente o número do meu cpf, o último nome do meu pai e o primeiro nome da minha mãe, o Banco do Brasil deveria saber quem eu era. Ledo engano. Eles não tinham a mais puta idéia da minha existência.

Enfim, perguntei para a atendente se contactar a ouvidoria seria a única solução possível para o meu suplício afinal, nos dois problemas graves que tive com o BB, nem as agências físicas nem o atendimento online se dispuseram a me ajudar e fiquei passando de mão em mão na maior sacanagem e falta de respeito, onde o novo funcionário nunca sabia qual era questão, me obrigando a repetir a mesma história diversas vezes por dia, durante duas semanas. Mas ela simplesmente respondeu algo como: Quer falar com a ouvidoria? Vai lá…

Mas como eu não dispunha de tempo, e definitivamente não queria pagar a multa por atraso do aluguel, às 15h e 10 min saí da minha ilha de edição para a agência BB mais próxima para pagar a famigerada conta. Como o caixa eletrônico também passou a não aceitar meu pagamento tive que ir até os caixas normais. Avaliem: Largo de Pinheiros, São Paulo, Banco do Brasil. Sacaram o desespero?

Depois da enormidade da fila, tive a graça divina de ser atendida por um funcionário sindicalista que ficava esculhambando todo mundo que pagava contas via internet e telefone “por que além de tirar nosso emprego, brasileiro é tudo burro, fica fazendo o papel do banco e achando que está em vantagem: gasta telefone, internet, papel e tinta para imprimir o comprovante…brasileiro é uma raça burra mesmo.”

O japonês sindicalista parecia ter descido da máquina do tempo, direto do ABC da década de 80. tava tão puta que quis argumentar (mas fiquei quieta que discutir com ignóbeis é ser ignóbil também) que, meu filho, burro é você que continua nessa profissão ultrapassada, ou que, meu querido, é por isso que sua militância não vai pra frente, pois ao invés de pensar no que é melhor pros seus clientes você encosta esse seu umbigo de funcionário público no balcão e no lugar de atender bem fica sonhando com a licença premium, que você vai gastar burguesamente comprando um carrinho, ou viajando pra costa do sauípe ao invés de ajudar “a causa”, né não?

Felizmente, consegui pagar a conta e voltar ao trabalho por volta das 18h. E trabalhar até as 21h, para cumprir o prazo de entrega do programa.

Muito obrigada, Banco do Brasil, pela graça alcançada. Até o próximo milagre.